Em Bertioga
todo o serviço de sepultamento de pessoas pobres é gratuito, conforme diz o Artigo
5 do inciso 4 da Lei Municipal 100/94, o que é reforçado pela Lei Federal
8.742/93, que também fala da gratuidade
do trabalho chamado de Funeral Assistencial.
Com base nas
duas leis e para que todos saibam da existência delas e de “ que até na hora da
morte” a pessoa carente tem direitos garantidos, o vereador Ney Lyra defende que a prefeitura Bertioguense coloque placas informativas sobre a
gratuidade do serviço na empresa funerária responsável pelo trabalho na cidade, no cemitério
municipal e no Cartório de Registro Civil de Bertioga.
“Essas
placas têm de ficar bem visível a todos que adentrem esses locais”, destacou.
“A falta de
informação leva as famílias carentes a se endividarem para pagar o sepultamento
de seus entes. Porque é uma prestação de
serviço muito cara”, comenta o vereador.
Ele
apresentou sua ideia em forma de Projeto
de Lei que já foi aprovada pela Câmara Municipal e agora será encaminhada ao Executivo
para aprovação, ou não, do prefeito.
DE GRAÇA-
Ele não fez nenhuma menção sobre empresas que se “esquecem” de falar da
existência da lei para as famílias. Ressalta-se que o “esquecimento” resulta em
lucro alto às empresas. O que se contrasta com o momento de dor dos familiares
do falecido.
Para
conseguir o funeral assistencial a família da pessoa falecida precisa
apresentar um atestado de pobreza e com isso não paga a uma funerária (caixão), ornamentação básica, suporte para uma funerária,
higienização e preparo do corpo do falecido, taxa de administração de
sepultamento, translado e cortejo funerário. “É tudo gratuito e as pessoas mais
simples precisam saber disso. A dor da perda de um ente é muito dolorosa e esse
momento extremamente difícil não pode ser transformado em lucro”, disse o vereador
Pela lei, a
empresa funerária fica obrigada manter
expostos em seu rol de entrada a uma funerária destinada a realização do
serviço de sepultamento gratuito.
Reportagem
Aconteceu em Bertioga.